Duas naves espaciais voam há 30 anos, afastando-se gradualmente do Sistema Solar, mas ainda funcionam, estabelecendo comunicação com a Terra. As naves Voyager 1 e 2 foram lançadas em agosto e setembro de 1977 com o objetivo de fornecer informações sobre planetas como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Hoje a Voyager 2 está a 12,5 bilhões de quilômetros e a Voyager 1 a 15,5 bilhões de distância do Sol, numa região que marca a fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar. Ambas espaçonaves carregam instrumentos científicos que permitem estudar o vento solar, campos magnéticos e ondas de rádio enquanto cruzam por uma região do universo onde nenhum ser humano ou espaçonave jamais esteve.
As naves Voyager estão longe demais para usar energia solar. Elas consomem o equivalente a uma lâmpada de 300 watts e retiram sua energia de geradores termoelétricos de radioisótopos, uma espécie de bateria de longa duração. As Voyager estão tão longe da Terra que os comandos enviados pela NASA, mesmo viajando à velocidade da luz, demoram 14 horas para chegar até a Voyager 1 e 12 horas para alcançar a Voyager 2.
Ambas espaçonaves transportam uma cápsula do tempo com saudações, imagens e sons da Terra, incluindo orientações sobre como chegar ao nosso planeta, caso sejam recuperadas por alguma civilização extraterrestre. Por enquanto, elas seguem solitárias, na imensidão do espaço sideral. Um dia, daqui a alguns bilhões de anos, quando o Sistema Solar se desfizer, naves como as Voyager 1 e 2 provavelmente sejam os únicos registros de que houve um lugar chamado Terra e uma civilização humana. E eu fico me perguntando se haverá alguém que lerá as mensagens que lançamos em nosso infinito oceano-universo...
Maiores informações a respeito podem ser conferidas no site da NASA.