O maior dos males dos dias de hoje é o excesso de certeza. Todos estão cheios de razão. As pessoas não têm mais opiniões, têm inabaláveis convicções. De antipetistas a black blocs, de religiosos a ateus, dos críticos da mídia aos que creem na existência de sereias, não existe um segundo de hesitação, uma mísera dúvida, uma possibilidade de concessão. Pensa-se sobre o mundo como se torce por um time. Amigos, lutemos pela ressurreição da dúvida!
Este espaço é uma continuação do Blog a Dois. Aqui, você encontra reflexões sobre temas variados, dos mais prosaicos aos mais abstratos. No simples ou no complexo, um raciocínio básico: é preciso buscar a verdade, mas ter a humildade de reconhecer que ela está em constante transformação. Ter a verdade nas mãos é perdê-la.
28 de outubro de 2013
27 de outubro de 2013
Não há desculpas para a violência covarde.
PMs que agridem covardemente professores e fotógrafos. Black blocs que agridem covardemente PMs. São todos farinha do mesmo saco. Deveriam todos estar atrás das grades. Abaixo a cultura da violência. É possível alcançar transformações sociais sem socos, cacetetes, pedradas e balas de borracha! Acima de tudo, é possível agir sem covardia!
19 de outubro de 2013
Eis o novo Brasil
Eis o novo Brasil.
É um novo País, fresquinho, ainda com cheiro de tinta, que surgiu de repente em junho.
Como se fosse uma ilha paquistanesa após um terremoto.
Nesse novo Brasil, a polícia, cheia de orgulho, bate em professores e cega fotógrafos com balas de borracha.
Também é o país onde a luta política passou a ser feita com pedra e fogo.
Adeus, discursos, argumentos, mesas de negociação.
Adeus, Thoreau, Gandhi, Luther King.
A pedra é mais pesada do que a palavra.
Vamos transformar o mundo depredando prédios e incendiando carros.
Vamos vencer a violência com violência.
Se a força é o que importa, os líderes passarão a ser aqueles que tenham a mão mais forte.
Capaz de atirar mais longe pedras mais pesadas.
A ditadura acabou, mas o pensamento totalitário ganha cada vez mais espaço.
No centro do poder nada mudou e nada deve mudar.
Mas, na periferia, trocou-se o sonho de um mundo de paz e justiça por um mundo com mais adrenalina.
É um novo País, fresquinho, ainda com cheiro de tinta, que surgiu de repente em junho.
Como se fosse uma ilha paquistanesa após um terremoto.
Nesse novo Brasil, a polícia, cheia de orgulho, bate em professores e cega fotógrafos com balas de borracha.
Também é o país onde a luta política passou a ser feita com pedra e fogo.
Adeus, discursos, argumentos, mesas de negociação.
Adeus, Thoreau, Gandhi, Luther King.
A pedra é mais pesada do que a palavra.
Vamos transformar o mundo depredando prédios e incendiando carros.
Vamos vencer a violência com violência.
Se a força é o que importa, os líderes passarão a ser aqueles que tenham a mão mais forte.
Capaz de atirar mais longe pedras mais pesadas.
A ditadura acabou, mas o pensamento totalitário ganha cada vez mais espaço.
No centro do poder nada mudou e nada deve mudar.
Mas, na periferia, trocou-se o sonho de um mundo de paz e justiça por um mundo com mais adrenalina.
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